Fonte: Evangelho Quotidiano
Tal é a Palavra, o Verbo Todo-poderoso que nos diriges, Senhor. Enquanto todos mergulhavam no silêncio, ou seja, na profundidade do erro, Ele desceu das moradas reais (Sab 18, 14), para abater duramente o pecado e enaltecer suavemente o amor. E tudo quanto fez, tudo quanto disse na terra, até os opróbrios, até os escárnios e as bofetadas, até a cruz e o sepulcro, não eram mais que a Tua palavra pelo Teu Filho, palavra que nos incita ao amor, palavra que desperta em nós o amor por Ti.
Sabias com efeito, Deus, Criador das almas, que as almas dos filhos dos homens não podem ser forçadas a esta afeição, mas que é necessário provocá-las. Porque, onde houver constrangimento, não há liberdade; e onde não há liberdade, não há justiça. […] Quiseste que Te amássemos, porque em justiça não podíamos ser salvos sem Te amar. E não podíamos amar-Te a menos que o amor partisse de Ti. Por conseguinte, Senhor, como apóstolo do Teu amor o digo, Tu amaste-nos primeiro (1Jo 4, 10), e primeiramente amas todos os que Te amam. Mas nós, nós amamos-Te pela afeição de amor que puseste em nós.