O Mundo da Psicanálise

“Os ignorantes pronunciam ‘freud’. Os bem-informados pronunciam ‘fróid’. Eu, porém, pronuncio ‘fraude’.”
– G. K. Chesterton

O Mundo da Psicanálise

Pe. Juvan Celestino da Silva

  • Um mundo liberal, um mundo dos desejos satisfeitos, um mundo do hedonismo onde tudo é permitido, exceto a ordem, nada de disciplina, nada de Lei ou harmonia, tudo é aceitável;
  • No mundo da psicanálise satisfazem-se os desejos, os instintos mais baixos do homem e da mulher; satisfaz-se o sexo com toda volúpia até enlouquecer o ser humano em sua espinha dorsal;
  • No mundo da Psicanálise diz sim a liberdade dos instintos e, não para a liberdade dos princípios;
  • No mundo da Psicanálise Deus é o Pai que precisa morrer, para que o filho tenha todos os direitos garantidos, desde que se esqueça dos deveres;
  • No mundo da Psicanálise, Freud ensinou, que o pai é a causa do trauma, como conseqüência, desacreditem esse pai, não creia em Deus Pai, “pois como vocês têm a possibilidade de se “tornarem em um deus como Ele”, acabem com a religião que tem Deus como Pai”;
  • No mundo da Psicanálise, eles entendem que “para nós nos realizarmos plenamente como pessoas, devemos lutar contra o pai: “Matar o Pai”, porque o pai quer somente, segundo eles, nos dominar e tirar-nos a figura materna que nos alimenta”;
  • No mundo da Psicanálise, não se tem autoridade, então “mata-se o pai”, pois “ele é autoridade e quer somente nos oprimir para poder nos vencer, porque você, menino ou menina, quer roubar dele o amor da mãe, da esposa e ele deve oprimi-la por isso”;
  • No mundo da Psicanálise “Vocês devem destruir o seu pai terreno, devem sair de casa, não devem acreditar nele e devem destruir a religião cristã, porque a religião cristã tem um Deus que é Pai”;
  • No mundo da psicanálise nada de cobrança, deve-se deixar guiar pela cegueira dos desejos;
  • No mundo da psicanálise nada de repreensão, deixa correr solto… todas as paixões em nome da não frustração…
  • No mundo da psicanálise nada de palmadas nos filhos, palmadas nos pais, se, se ousarem a dar palmadas nos filhos…
  • No mundo da psicanálise educação é divertimento, nada de forçar a mente ou o raciocínio…
  • No mundo da psicanálise o homossexualismo é normal, anormais são as relações heterossexuais…
  • No mundo da psicanálise homofobia é crime, os depravados são inocentes e justos são todos aqueles que praticam aberrações;
  • No mundo da psicanálise conheça seu corpo através da masturbação, ignorante é quem vive na busca sadia do controle da castidade….
  • No mundo da psicanálise, experimente… experimente… quando se cansar… descanse… e enjoe-se de si e dos outros…
  • O mundo da psicanálise aprova a liberação do aborto em nome do direito da mulher, mesmo que aquele que pode nascer seja uma menina… ou seja, mata-se uma futura mulher…
  • No mundo da psicanálise….desafia-se Deus e suas leis;
  • No mundo da Psicanálise demônio não existe, tudo é coisa da mente…. Tudo é explicável pela mente, o que passa disso é loucura;
  • Mas como nos diz a Palavra por meio de São Paulo: “Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o homem culto? Onde está o argumentador deste século?”. (1 Cor 1, 19-20)
  • Os psicanalistas se arrogam saber das coisas mais do que os outros e, mas do que os santos…
  • Há por falar em santos e santas, para o Mundo da psicanálise eles não passam de um bando de exagerados e loucos… seus sacrifícios, penitencias e jejuns  são considerados  fora da moda,  pois na  moda está o cuidar do corpo e praticar  exercícios… nada de penitencia e viva a potencia;
  • Mas como nos diz o Filho do homem: “Mas a sabedoria foi justificada por suas obras” (Mt 11,19)
  • No mundo da psicanálise, se sabe para onde se encaminha a sociedade…

Obs.: Sigmund Freud foi um médico especializado em doenças mentais de renome, causador de polêmica na área cientifica, sociológica e filosófica que viveu no início do século XX, pai da psicanálise moderna. Formou sua teoria da psique humana, do inconsciente que registra tudo, destruindo o conceito de alma humana influenciando hereticamente a teologia cristã.

A Primeira Sinfonia de Beethoven

A música clássica é nada menos do que uma expressão dos sentimentos inerentes ao homem; uma das manifestações daquilo que lhe-é ontológico, do ser do ente homem.

Para mim, que aprecio música clássica a um bom tempo – desde os meus 7 anos, quando fora iniciado nestas vias por minha mãe e minha avó e às quais sou particularmente grato, deleitando-me nos concertos em teatros ou a céu aberto –, as Sinfonias de Beethoven são composições singulares, não somente nos padrões vigentes da música erudita, como também considero o seu aspecto espiritual da transcendência, à qual ela vivamente nos conduz.

Gostaria, portanto, de tratar sobre as sinfonias beethovianas, recobrando o valor inestimável que a música causa ao homem. Outrora aqui escrevi que a música é “expressão do inexpressível”, é arte, e, portanto, tem um padrão a ser obedecido enquanto essência musical que não baseia-se apenas em estrutura mas também na arte melódica que seja-lhe favorável. Ela nos aproxima de Deus, nos transporta a nossa condição transcendental, remete-nos ao amor e a ternura divina, no entanto recorda-nos todos os movimentos humanos, seus feitos e pensamentos. Segundo o Santo Padre Bento XVI: 

“A música, de fato, tem a capacidade de remeter, para além de si mesma, para o Criador de qualquer harmonia, suscitando em nós ressonâncias que são como um sintonizar-se com a beleza e a verdade de Deus com aquela realidade que sabedoria humana alguma ou filosofia podem expressar”

(Palavras ao final do Concerto oferecido para celebrar o milênio da Arquidiocese de Bamberg, 4/09/2007).

As duas primeiras Sinfonias (a 1 em Dó Maior e a 2 em Ré Maior) têm grande proximidade com as composições sinfônicas de Mozart, que é outro grande expoente e sobre o qual poderemos tratar dentro em breve. A partir da terceira sinfonia (Mi Bemol maior), denominada como Eroica, Beethoven cria um marco na música erudita, pela qual alguns denominam até como o início do período romântico. Em seguida temos a quarta sinfonia (em Ré Bemol maior), a quinta sinfonia (em Dó menor), a sexta (Pastoral), a sétima (Lá maior), a oitava (Fá maior) e a nona (em Ré menor), que poderíamos dizer ser aquela que consagrou o nome de Beethoven em todo o mundo. Muitos dizem ser inigualável a qualquer outra.

Beethoven é um compositor que aventurou-se tardiamente no modo sinfônico, diferente de Mozart, que já compunha trinta e seis e de Haydn que tivera composto quase vinte enquanto. Ele demonstra a sua irreverência nas suas composições, daí que seu marco tenha sido esse novo olhar que moldou as feições das suas sinfonias.

A sua primeira foi escrita no primeiro período beethoviano, como assim é chamado pelos musicólogos. Ela foi dedicada ao seu amigo vienense barão Gottfried Van Swieten, amigo de Mozart e de Haydn e que já havia patronado os dois, sendo composta entre 1799 e 1800 e estreada em 2 de abril de 1800. É também o marco do declínio físico do compositor que se apercebeu alguns meses antes com uma perda irreversível de audição. Mas, por outro lado, marca um novo ciclo deste verdadeiro artista. É uma obra que não possui identidade certa, divide-se entre as referências do passado e a incumbência de um futuro que se deixava apenas na intuição. Teceram-se, a princípio, várias críticas a respeito desta: a abertura começava com a tonalidade que deveria ser a principal, numerosas modulações, terceiro movimento (falsamente titulado Menuetto) demasiado rápido, entre outras.

Possui ela quatro movimentos e a sua execução normalmente não estende-se mais que meia hora:

  • Adagio molto. Allegro con brio
  • Andante cantabile con moto
  • Menuetto – Allegro molto e vivace
  • Finale – Adagio, allegro molto e vivace

Os instrumentos que compõem a sua execução são as cordas, duas flautas, dois oboés, dois clarinetes em dó, dois fagotes, duas trompas em dó e fá, dois trompetes em dó tímpanos.

E aqui podemos contemplar uma breve explicação dos quatro andamentos da obra:

O primeiro andamento (Adagio molto—Allegro con brio) começa por uma espécie de introdução muito calma e uma dissonância que se pensa ter sido uma experimentação de Beethoven dado que o voltou a utilizar logo no ano seguinte. Alias esta dissonância que hoje não nos parece nada de transcendente foi suficientemente inovadora para valer a Beethoven uma polémica pessoal com os críticos da época nomeadamente Preindl, Stadler e Weber.

O segundo andamento (Andante cantabile con moto) é um dos andamentos onde se nota em simultaneo a escola de contraponto do seu mestre Albrechtsberger mas em simultâneo uma elegância e uma beleza acima de qualquer escola. Em termos de inovação é também neste andamento que Beethoven nos reserva uma utilização da percursão inovadora e que anuncia a verdadeira revolução que acabou por ocorrer mais tarde.

O terceiro andamento (Menuetto: Allegro molto e vivace) é dos quatro o que mais trouxe em termos de inovação. Na verdade embora guarde a forma do minueto Beethoven faz explodir completamente a forma tradicional desta antiga dança de salão para a transformar em algo completamente novo. Nas palavras de J. W Davison´s Beethove terá aqui dado “Um Salto para um mundo novo”.

(Ler mais: http://guiadamusicaclassica.blogspot.com/search/label/Beethoven#ixzz240Tv1jQx
Under Creative Commons License: Attribution)

Partituras da Primeira Sinfonia