Bananas aos macacos; sabedoria aos homens!

Uma das coisas mais esdrúxulas e bestas que escutei nos últimos dias foi essa campanha infame: “Somos todos macacos“. Impressiona-me a capacidade de redutividade e bestialidade que o ser humano pode levar consigo, a ponto de criar uma campanha tão desnecessária e de dar uma divulgação tão ampla a uma coisa tão redutiva. Mas, antes de tudo, perguntemo-nos de onde advém tal campanha? Sim, dele, o “gênio” do futebol, o “espetáculo” irresistível de muitas garotas: Neymar. Isso, meus caros, ele mesmo! Não acredita? Pois então veja!

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Viram?? Ótimo! Mas então,depois disseram que isso não passa de uma campanha publicitária com a agência Loducca. De qualquer forma o ato surgiu depois que alguns torcedores atiraram uma banana para o jogador Daniel Alves num determinado estádio na Espanha, ele pegou-a e comeu. Interessante… Mas ainda mais interessante é que a própria campanha, ao mesmo tempo em que traja-se de uma luta contra o racismo, já carrega consigo mesmo uma concepção preconceituosa e sem qualquer nexo.

Agora eu pergunto: Somos todos macacos? Não! Eu mesmo não sou! Talvez quem tenha aderido a campanha se ache macaco, uma chita, um chimpanzé, então saiam coçando a cabeça e pulando como um. Agora, ainda mais que isso, constitui-se um grave problema (e seríssimo!), a onda de moda e fama que as pessoas deixam-se levar. Os alvoroços desprendidos de uma capacidade de racionalização que mitigam a verdade e empenham-se a confundir a mente dos demais com ideologias que aparentemente são atraentes, mas no fundo não passam de uma marketing ou pior: de uma redutividade do ser humano, levado à sua maior profundeza: a de não pensar, questionar e raciocinar.

Nesta mentalidade do “politicamente correto” o homem tem se desdobrado nas mais diversas aberrações que poderíamos imaginar (ou não). De transsexualismo a imposição da ditadura gay; de macacos a deuses; de sensatos a insensatos, como recorda São Paulo. É incompreensível e inaceitável o racismo, e este deve ser repreendido de todas as formas justas e inteligentes. O Daniel Alves protestou da melhor forma ao comer a banana. Mas me parece ser incompreensível também a forma como se combate o racismo se não for bem elaborada e planejada, levando em conta sobretudo o direito inalienável do ser humano e a sua integridade como “imagem e semelhança de Deus”. Certamente, ao ser criado pelo homem como sua “imagem” a Bíblia não quis fazer uma referência à aparência de Deus, até porque Ele não possui forma, no entanto somente Espírito. Este mesmo Deus é aquele que insufla nas narinas do homem o sopro da vida, a ânima, que sustenta o ser por Ele criado, moldado pelas suas mãos. Me pergunto, porém, se Deus cria o homem à Sua imagem e lhe dá sabedoria, inteligência, ratio, como então poderiam os darwinistas defenderem a concepção de que viera este mesmo ser do macaco? Seria meio sem nexo acharmos que Deus daria uma inteligência aos macacos, fazendo com que estes se desenvolvessem com a vicissitude dos tempos e chegassem ao estágio de seres humanos. Evidente que se os macacos fossem passíveis de uma racionalidade os homens em nada seriam diferentes e os macacos seriam criados à imagem e semelhança de Deus… Enfim, pensamento já fez muito devaneio, voltemos ao tema.

Neymar além disso expôs a figura do coitado (e coitado mesmo!) do filho dele segurando um bananão de pelúcia como se a criança estivesse também aderindo a campanha, aliás… o menino pela idade nem sabe o que é banana. Não seja patético Neymar! Use a inteligência uma vez. Seja tão bom em pensar quanto é em jogar. O mundo está enfadonho desses pensamentos redutivos e marcados por um preconceito embusteiro que vem acarretado de oportunismo e propagandas. Aplaudo o Daniel que não tinha intenção nenhuma de começar um movimento, mas o faz como uma resposta ao ato cometido por um cabeça vazia, contudo repreendo o Neymar que encabeça uma campanha tão retardada desta.

Dizer não ao preconceito é dizer sim às diversas nações e povos: brancos, negros, índios, asiáticos. Todos são, sim, filhos de Deus e criados como imagem do Criador. 

Ainda como se não bastasse encontro uma frase da Presidente Dilma (aliás, as frases dela são sempre irreverentes: “Neymar lançou a campanha Somos Todos Macacos para mostrar que todos temos a mesma origem”… Bom, Presidente, se a senhora descende dos macacos eu não sei (mas um dia paro para olhar a sua fisionomia melhor), eu, porém, descendo do meu Criador, aquele que me formou do barro e em mim soprou o espírito da vida.

Essa é uma epidemia das graves! Parece que tem gente que prefere o sopro da burrice dos astros do que o sopro da sabedoria divina… E, como canta Lulu Santos, “assim caminha a humanidade”.

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“Questão de Gênero?”

NOTA PASTORAL DE S.E.R DOM JOSÉ RUY, 
BISPO DA DIOCESE DE JEQUIÉ, 
SOBRE A IDEOLOGIA DE GÊNERO


“Questão de Gênero?”

Enquanto nestes dias as redes sociais, com estardalhaço, publicavam as mais variadas opiniões sobre uma mal fadada pesquisa do IPEA a respeito do estupro, em Brasília, deputados se mobilizavam para votar um projeto de lei que regulamenta no Plano Nacional de Educação “respeito pela questão de gênero”.

Ao mesmo tempo, na Capital da República, outra novela se desvela alheia aos olhos de milhões de cidadãos brasileiros que são as investigações a respeito de corrupção na outrora maior empresa de petróleo do mundo (orgulho de ser patrimônio nacional).

Dentro deste contexto, a Igreja Católica nesta porção do Povo de Deus na Diocese de Jequié, vem se manifestar peremptoriamente contrária a esta ideologia do partido que governa a nação que deseja “impor”, pela maioria de sua base aliada, um projeto que quer eliminar a ideia de que os seres humanos se dividem em dois sexos, afirmando que as diferenças entre homem e mulher não correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos da cultura de um país, de uma época. Algo convencional, não natural, atribuído pela sociedade, de modo que cada um pode inventar-se a si mesmo e o seu sexo.

A consequência desse nefasto projeto é a mais completa dissolução do grande valor da dignidade do ser humano e da família. Imaginemos tantas crianças e adolescentes em escolas públicas ou particulares “aprendendo” que tudo é apenas uma questão de escolha.Tudo isso baseado na análise marxista da história como luta de classes, dos opressores contra os oprimidos, sendo o primeiro antagonismo aquele que existe entre o homem e a mulher no casamento monogâmico. Uma ideologia que procura desconstruir a família e o matrimônio como algo natural.

A voz que clama dentro de nós, é a da nossa consciência, reta, sincera e verídica a gritar: o ser humano possui dignidade. Devemos nos atribuir o real valor que possuímos,mesmo que seja isso politicamente incorreto e contrariando o modismo imposto pela mídia e pelo governo. Recordando as palavras de Santo Anastácio: “se o mundo for contra a verdade, eu serei contra o mundo”.

Jequié, 04 de abril de 2014.

Dom José Ruy G. Lopes, OFMCap
Bispo Diocesano de Jequié

Fonte: Fanpage da Mitra Diocesana de Jequié