PRIMAZ DA COMUNHÃO ANGLICANA EM VISITA À SANTA SÉ

Cidade do Vaticano, 19 nov (RV) – Iniciou-se nesta quinta-feira a visita do arcebispo de Cantuária e primaz da Comunhão Anglicana, Dr. Rowan Williams, à Santa Sé, que culminará com um encontro com o Santo Padre na manhã do próximo sábado, na residência apostólica.

A primeira atividade da visita a Roma foi a participação no Colóquio organizado pela Pontifícia Universidade Gregoriana sobre a figura e a atividade ecumênica do Cardeal Johannes Willebrands no centenário de seu nascimento.

O primaz da Comunhão Anglicana já encontrou outras vezes Bento XVI. “As visitas dos arcebispos de Cantuária à Santa Sé serviram para reforçar as mútuas relações e tiveram sempre um papel importante no enfrentamento de obstáculos que nos separam” – destacou o pontífice em seu discurso no encontro com Dr. Williams realizado há três anos.

“O mundo necessita do nosso testemunho e da força que deriva de uma proclamação unânime do Evangelho. Os enormes sofrimentos da família humana e as formas de injustiça que afligem a vida de tantas pessoas representam um apelo urgente ao nosso testemunho e a um serviço compartilhado”, concluiu Bento XVI no encontro com o Arcebispo de Cantuária em novembro de 2006. (RD)

Papa diz que forma mais adequada de lembrar os mortos é "rezar por eles"

Roma, 1 nov (EFE).- O papa Bento XVI disse hoje, durante a tradicional reza dominical do Ângelus na Praça de São Pedro que, nos cemitérios, só estão os restos mortais das pessoas que já faleceram, por isso a melhor maneira de lembrá-las “é rezar por elas”.

Por ocasião do Dia de Finados, que a Igreja Católica lembra amanhã e quando é tradicional visitar os cemitérios, Bento XVI convidou os fiéis a viver esta data “com um verdadeiro espírito cristão”

Por isso, disse que é preciso visitar os cemitérios lembrando que, nos túmulos, “repousam apenas os restos mortais dos entes queridos, à espera da ressurreição final”, e que, portanto, “a maneira mais adequada de lembrá-los é rezar por eles, oferecendo atos de fé, de esperança e caridade”

O papa também lembrou que, há 14 séculos, o Panteão de Roma, um dos mais antigos e conhecidos monumentos romanos, foi destinado a culto cristão e dedicado à Virgem Maria e a todos os mártires.

Além disso, destinou uma lembrança especial a todos os sacerdotes, “tanto aqueles que a Igreja canonizou, como exemplo de virtude espiritual e pastoral, quanto aqueles, muito mais numerosos, (…) que nos ajudam a crescer na fé e nos fazem sentir a bondade e proximidade de Deus”. EFE

Comissão de Liturgia da CNBB prepara novo Missal

Teve início na manhã desta terça-feira, 25, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, a reunião da Comissão de Textos Litúrgicos, cujo objetivo é dar continuidade à revisão dos textos do Missal Romano, de modo especial do Ciclo Pascal [Quaresma, Semana Santa e Tempo Pascal].

Após revisão, serão enviados os textos para todos os bispos do Brasil para serem feitas observações e, na próxima Assembleia Geral da CNBB, que ocorrerá em maio de 2010, ser aprovado pela Conferência.

A próxima reunião do grupo está marcada para ocorrer em dezembro de 2009, onde será revisado o Martirológio Romano [catálogo dos santos e beatos honrados pela Igreja] que também deverá ser aprovado na próxima AG.

A reunião segue até amanhã, e encerra às 17h.

Participam da reunião o bispo de Crato (CE), dom Fernando Panico, que coordena a reunião; o bispo de Chapecó, dom Manoel João Francisco; o arcebispo de Palmas (TO), dom Alberto Taveira Corrêa; o arcebispo de São Luis (MA), dom José Belisário; o bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA), dom Armando Bucciol; os padres peritos Gregório Lutz, José Weber, Márcio Leitão; o Professor Domingos Zamagna e os assessores da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, padre Gustavo Haas e padre José Carlos Sala.
A Comissão de Textos Litúrgicos se reúne três vezes ao ano. O último encontro ocorreu nos dias 3 e 4 de março, em Brasília. A reunião teve por objetivo preparar os textos das três preces eucarísticas para as crianças e as orações do ciclo do natal [advento, natal e tempo do natal], que foram apresentados na Assembleia Geral dos Bispos, que aconteceu em Itaici (SP), entre os dias 22 de abril e 1º de maio.
Fonte: CNBB

Papa concede indulgência plenária pelos 800 anos do nascimento de Pietro da Morrone, futuro Papa Celestino V

ROMA, 25 AGO (ANSA) – O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, participará da celebração do 715º Perdão Celestino, porgramada para ocorrer na próxima sexta-feira na cidade de L’Aquila, região de Abruzzo.
O evento contará com uma missa celebrada pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, na Basílica de Santa Maria de Collemaggio, às 18h locais (13h no horário de Brassília).
“O cardeal Bertone demonstrou interesse em estar presente e manter a promessa de levar a proximidade do Papa Bento XVI à população local que sofre devido ao terremoto”, contou à ANSA o bispo de L’Aquila, Giuseppe Molinari.
No último dia 6 de abril, a região de Abruzzo foi atingida por um terremoto de 5,8 graus na escala Richter que deixou cerca de 300 mortos e mais de 50 mil desabrigados.
“Geralmente a festa é muito deslumbrante, porque, como diz o Evangelho, toda conversão é uma festa. Mas a tragédia do terremoto nos obriga claramente a ser sóbrios nas celebrações deste ano, a pensar no essencial, mas também a querer olhar além do terremoto”, ressaltou o religioso.
Segundo o bispo, “a celebração do rito ajuda porque faz parte da nossa história civil e social. Festejá-lo quer dizer que a nossa história continua”.
O Perdão Celestino refere-se à indulgência plenária perpétua concedida em 1294 pelo papa Celestino V a todos os fiéis que, depois de terem se confessado e pedido perdão por seus pecados, atravessassem a Porta Santa da Basílica de Santa Maria de Collemaggio entre 28 e 29 de agosto. Esta edição do rito ocorre junto com a celebração do 800º aniversário de nascimento do Pontífice.
Celestino V foi o 192º sucessor de Pedro, ocupando o trono papal de 29 de agosto a dezembro de 1294, quando abdicou. O Pontífice foi coroado em L’Aquila, na basílica de Santa María de Collemaggio, onde está sepultado.
O rito do 715º Perdão Celestino começará na tarde da sexta-feira, com a exibição das relíquias do Papa na praça de Collemaggio e uma peregrinação que passará por todas as dioceses das regiões de Abruzzo e Molise.
Na última sexta-feira, o Vaticano anunciou que o papa Bento XVI concederá indulgência plenária aos fiéis que comparecem à de L’Aquila para rezar diante das relíquias do papa Celestino V. (ANSA)

A MEMÓRIA DE PAULO VI

Cidade do Vaticano, 06 ago (RV) – Trinta e um anos anos atrás, morria em Castel Gandolfo o Papa Paulo VI. A “grande pessoa” de Papa Montini foi recordada domingo, por Bento XVI, em seu encontro com os fiéis para a oração do Angelus, justamente em Castel Gandolfo.

Paulo VI, nascido Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini (Concesio, 26 de setembro de 1897 – Castelgandolfo, 6 de agosto de 1978), foi papa de 21 de junho de 1963 até a data de sua morte. Esteve à frente da Igreja Católica durante a maior parte do Concílio Vaticano II e foi decisivo na aplicação prática de suas orientações.

Giovanni Montini nasceu em Concesio, na província de Brescia. Entrou no seminário em 1916 e foi ordenado em 1920. Estudou na Universidade Gregoriana, na Universidade de Roma e na ‘Accademia dei Nobili Ecclesiastici’. Seu talento o levou à Cúria romana: em 1937 foi nomeado Substituto para Assuntos Correntes pelo Cardeal Pacelli, Secretário de Estado da Santa Sé no papado de Pio XI.

Em 1954, foi nomeado Arcebispo de Milão, cargo que lhe conferiu maior experiência pastoral. No consistório de 1958, João XXIII o elevou à dignidade cardinalícia. Foi eleito papa em 21 de junho de 1963, após a morte de João XXIII.

Foi o primeiro papa a viajar de avião: fez viagens a Terra Santa, Índia, ONU, Portugal, Turquia, Colômbia, Suíça, Uganda, Filipinas e Austrália. Encerrou o Concílio Vaticano II, aberto pelo Papa João XXIII, implementando posteriormente as suas reformas e medidas inovadoras que visavam renovar a Igreja Católica.

Papa Paulo VI escreveu a Encíclica Humanae vitae, documento que se constituiu num marco decisivo da Doutrina da Igreja nas questões sobre aborto, esterilização e regulação da natalidade por métodos artificiais, e cuja doutrina serviu de base para vários documentos pontifícios posteriores sobre os temas da família, da ética conjugal e da bioética.

Hoje, Papa Paulo VI será recordado no Vaticano com uma Santa Missa, presidida pelo Cardeal Angelo Comastri, arcipreste da Basílica papal de São Pedro, no Altar da Cátedra.

Castel Gandolfo recordará o pontífice com uma Eucaristia na Paróquia de São Tomás de Villanova, celebrada pelos bispos de Palestrina, Dom Domenico Sigalini, e de Albano, Dom Marcello Semeraro. Hoje à noite, a cidadania está convidada a participar do Concerto do Coro Polifônico Prenestinae Voces e de uma reflexão do jornalista Andrea Tornielli, sobre o tema “Paulo VI. A audácia de um papa”. (CM)